De certa forma é engraçado a forma peculiar de como que as coisas acontecem.
Acho que é isso que chamamos de efeito borboleta, pois não imaginaria nunca que o fato de eu mudar de mesa no meu serviço me fizesse acordar às quatro horas da manhã em um sábado, para sair com pessoas que eu conhecia a menos de um mês.
O sol ainda não tinha nascido e eu estava na estação do metro penha às cinco e vinte da madrugada, esperando o resto do pessoal se encontrar para juntos ir até paranapiacaba.
“Paranapiacaba é um distrito do município brasileiro de Santo André (estado de São Paulo). Surgiu inicialmente como centro de controle operacional e residência para os funcionários da companhia inglesa de trens São Paulo Railway - estrada de ferro que possibilitava o transporte de cargas e pessoas do interior paulista para o porto de Santos, e vice-versa.
§ A palavra paranapiacaba significa "de onde se avista o mar", em tupi-guarani.”
(Curioso que eu não lembro de ter visto o Mar)
Fui levado a Paranapiacaba pela idéia de que eu faria algumas trilhas, visitaria cachoeiras e pelo simples prazer de estar em contato com a natureza.
“Atualmente o trem chega somente até a estação Rio Grande da Serra, pois daí em diante circulam somente trens de carga da MRS Logística (empresa de trens e concessionária responsável pela linha, junto com a CPTM). Para continuar o percurso, há um ônibus na Estação Rio Grande da Serra, com intervalo médio de 1 hora, que vai direto para Paranapiacaba, dando sequência a viagem para quem vai de trem. A linha é AOL 424 (Paranapiacaba/Rio Grande da Serra), da Viação Ribeirão Pires. Esta linha é intermunicipal, com pintura padrão da EMTU. Para enconomizar, pode ser adquirido previamente nas estações da CPTM, um bilhete integrado que permite a utilização do Trem com esta linha de ônibus da Viação Ribeirão Pires - linha 424 - tornando assim as tarifas reduzidas (Atualmente, 13/09/2008 - R$ 3,35).”
Fizemos esse caminho, e de repente estávamos em paranapiacaba.
Uma bela cidade, com a ferrovia cortando pelo meio dela. Atravessamos a ponte por cima da ferrovia e paramos para comer um lanche antes de fazer a caminhada. Renata, Vanessa, Antonio, Jeferson e Eu.
Não tive muito apetite, apenas tomei um suco e comi um pedaço de lanche antes que pudéssemos rumar em direção a algum lugar.
Pegamos a estrada de terra de paranapiacaba, a mata era fechada e dava para observar algumas trilhas em alguns pontos da estrada, porém não seguimos nenhuma.
A distancia que percorremos nessa estrada foi de aproximadamente 3,3 km e levamos aproximadamente uma hora caminhando, a essa altura já passava das dez horas da manhã. Quando chegamos à vila de Taquaraçu.
Buscávamos informações sobre como chegar a uma cachoeira, ou lago... Qualquer coisa do tipo... Andamos cerca de mais seis Km e não conseguimos chegar a lugar nenhum.
A Renata cansada pela febre que tinha, desde quando saiu de casa não conseguiu acompanhar o ritmo da galera e acabou ficando para trás, eu fiquei com ela, (não seria humano deixá-la sozinho) quando estávamos voltando para a vila de taquaraçu.
Chegamos lá, era um pouco mais de Duas horas da tarde. Quando era três e meia da tarde, decidimos que as quatro íamos voltar e quando deu seis horas conseguimos criar coragem para voltar.
Particularmente eu acho que a galera estava um pouco “tensa” com a nossa demora.
Às seis horas o dia ainda iluminava a trilha, porem os seres da noite já mostravam o ar da graça. Podia se ouvir grilos Cigarras e alguns bichos dos quais nunca tinha escutado em meio aquela estrada que lembrava muito um filme de terror, não só pelos bichos, mais também pelo vento que dava um clima totalmente único e desesperador para o local. (ahhh jamais me esquecerei dessa cena..... muito gratificante).
Ao chegar na cidade, já estava começando a chover e tivemos que esperar a chuva cessar, ou pelo menos diminuir antes de pegarmos o ônibus pra voltar.
Embarcamos em Rio grande da Serra e fomos dormindo até...
... até voltarmos para Rio grande da Serra novamente, com o guarda nos acordando e dizendo que o trem só ia voltar a circular às quatro da manhã.
Dormimos na própria estação até a hora do embarque, embarcamos e dessa vez chegamos ao destino correto.
Cheguei em casa por volta das seis horas da manhã e cai nos braços de Morpheu .
Uma história que começou antes do Sol nascer e terminou só depois do Sol nascer novamente.
Não chegamos a nenhuma cachoira...
O pessoal ficou realmente bravo pelo fato de termos ficado para trás.
Acordei no dia seguinte com dor até no Olho
Mais mesmo assim, valeu a pena e adoraria que meu caros amigos de infancia me acompanha-se da próxima vez!!!!!!!! ^^
